Como parte do Projeto “Alternativas ao Encarceramento”, a equipe do Programa Justiça Sem Muros entrevistou 27 mulheres em três unidades prisionais paulistas, em março de 2016. Entre diferentes perfis – brasileiras, estrangeiras, jovens, idosas, pessoas com deficiência, lactantes, gestantes, mães de filhos pequenos e mulheres em tratamento de saúde – um mesmo diagnóstico uniu cada uma das histórias ouvidas: a certeza de que para absolutamente todas as mulheres a experiência da prisão é mais uma forma de violência.

Veja alguns trechos desses depoimentos clicando nas imagens abaixo.

Se o juiz olhasse meu caso

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"Eu já cumpri metade da minha, não tenho castigo, tenho bom comportamento e estou doente. Não tem sentido nenhum estar na cadeia. Eu tenho câncer, saio daqui todo dia escoltada, sou revistada, preciso usar fraldas, sendo que eu moro na rua de trás do hospital. Se o juiz analisasse o meu caso, eu podia fazer o tratamento a pé, atrás da minha casa. Ia dar menos despesa". Mulher em tratamento médico, entrevistada pela equipe do Programa Justiça Sem Muros em unidade prisional paulista.