Como parte do Projeto “Alternativas ao Encarceramento”, a equipe do Programa Justiça Sem Muros entrevistou 27 mulheres em três unidades prisionais paulistas, em março de 2016. Entre diferentes perfis – brasileiras, estrangeiras, jovens, idosas, pessoas com deficiência, lactantes, gestantes, mães de filhos pequenos e mulheres em tratamento de saúde – um mesmo diagnóstico uniu cada uma das histórias ouvidas: a certeza de que para absolutamente todas as mulheres a experiência da prisão é mais uma forma de violência.
Veja alguns trechos desses depoimentos clicando nas imagens abaixo.
"Por eu ser primária e, que nem eles falam, menor de 21 anos na época dos fatos, por ter residência fixa, trabalhar registrado, por eu ter filhas pequenas que dependem de mim, eu não podia estar nessa cadeia faz mais de um ano. Eu estou aqui e não estou ajudando a minha família, eu não estou do lado das minhas filhas... elas estão crescendo traumatizadas porque eu num estou do lado delas... Por tudo isso, eu acho que o governo é muito burro". Mulher jovem em situação de prisão, entrevistada pela equipe do Programa Justiça Sem Muros.